quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Thiago Borges enviou-lhe o seguinte abaixo-assinado.

Meus Amigos,

Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:

«INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO QUE ENVOLVA A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N15216

Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordaras.

Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N15216 e divulga-o por teus contatos.

Obrigado.
Thiago Borges

Esta mensagem foi enviada por Thiago Borges (thiago.apmb@gmail.com), através do serviço http://www.peticaopublica.com.br em relação ao abaixo-assinado http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N15216

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Onde os Fracos Não Têm Vez - Clássico contemporâneo dos irmãos Coen


Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country For Old Men, 2007, EUA) é um filme destoante na carreira de Joel e Ethan Coen. Não pelo sentido depreciativo do termo, mas sim, por representar um tipo de cinema que os irmãos, em nenhum momento anterior, tinham apresentado ao público. No lugar das comédias de fino humor negro, repletas de situações oníricas ou absurdas, apareceu uma obra cerebral, que apresenta dura reflexão sobre a transformação, para pior, dos valores da sociedade americana.

O duelo entre o velho e o novo, mais precisamente as concepções morais de gerações diferentes, é o principal conflito existente no livro do experiente escritor americano Cormac McCarthy, que foi transposto em sua totalidade para as telas, através de adaptação dos próprios Coen. A história pode enganar caso se preste atenção apenas na sangrenta perseguição que conduz o filme: há muito mais por trás dos fatos mostrados.



Llewelyn Moss (Josh Brolin) é um soldador do oeste americano que encontra no deserto, em meio a uma chacina (resultado de uma negociação de drogas que não deu certo), uma maleta com 2 milhões de dólares. A partir deste momento, o assassino Anton Chigurh (Javier Bardem) é contratado para caçar Moss e recuperar o dinheiro. O xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones) acompanha os acontecimentos e, apesar de aparecer pouco em relação aos outros dois personagens, possui fundamental importância na narrativa.

Sobriedade é a palavra-chave do longa. A começar pela fotografia de Roger Deakins, que valoriza espaços amplos e tomadas abertas e gera uma forte sensação de isolamento em meio a mundo violento, e passa pela decisão de não usar qualquer tipo de trilha sonora.
Onde os Fracos Não Têm Vez é um dos raros filmes a descartar o uso de música. Porém, a forma que os Coen escolheram para contar a história dispensa técnicas supérfluas. Tudo é reduzido ao mínimo, inclusive os diálogos, e o efeito é excelente.


Joel e Ethan sempre foram críticos da sociedade. Toda a filmografia dos irmãos sabe apontar e ridicularizar as idiossincrasias humanas. Por mais exagerado, e este era o objetivo principal, havia sempre um alívio cômico para rirmos dos comportamentos esdrúxulos de seus personagens. Neste filme, não existe nada disso. Pelo contrário. Assassinatos absurdos, falta de ética, sensação de impotência e pessimismo tomam conta da atmosfera pesada da obra. A violência domina os atos de todos os indivíduos e não existe um alento que possa mostrar um novo caminho
(detalhe importante: o longa é ambientado em 1980 e, ainda assim, parece que vemos uma radiografia do mundo atual).

A "filosofia" do filme encontra ressonância direta nos protagonistas. Anton Chigurh, por mais maniqueísta que possa parecer seu personagem, possui uma moral complexa e segue uma linha de conduta imposta a si mesmo: seu trabalho de assassino de aluguel é a única coisa importante; tudo que se torna obstáculo para a realização de uma tarefa deve ser eliminado. Pela dificuldade para não cair no caricato, o espanhol Javier Bardem merece todos os méritos pela grande caracterização, vencedora de um merecido Oscar de coadjuvante. Seu Chigurh parece algo inumano, uma máquina assustadora, sem emoções, metódica. É o "mal absoluto", personificado em alguém com um corte de cabelo ridículo, voz gutural e que mata pessoas com uma arma para abater gados. Não é a toa o desconforto no espectador quando este homem aparece na tela.
Do lado oposto, Llewelyn Moss representa um "homem comum", no meio de eventos que não consegue reverter.


Contudo, é Ed Tom Bell o principal elemento de ligação entre o tom pessimista da narrativa e as imagens cruas e realistas. O filme abre com um monólogo do personagem, que relembra uma época na qual xerifes nem precisavam usar armas.
A vida perde sentido e valor cada vez mais rápido: "você não pode parar o que está vindo", diz um policial aposentado, fazendo alusão à própria violência, mas também, à decadência do entendimento entre os homens. Esta espécie de lamento dos novos "valores" (o título original em inglês, Onde os velhos não têm vez, faz muito mais sentido) fica claro na última cena, onde Ed Tom narra um sonho com seu falecido pai, também xerife.

Os Coen acertaram em tudo aqui. Desde criar um "anti-clímax", ao não mostrar o desfecho de Llewelyn Moss, até o simbólico final. Onde os Fracos Não Têm Vez ganhou o Oscar de melhor filme em 2008. Mesmo se não ganhasse nenhum prêmio, nada tiraria seu status de clássico contemporâneo e uma posição na lista das obras mais importantes da década.


"And in the dream I knew that he was goin' on ahead and he was fixin' to make a fire somewhere out there in all that dark and all that cold, and I knew that whenever I got there he would be there. And then I woke up."
Ed Tom Bell

Cotação: 5/5

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Thiago Borges

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Angry Alien - Paródias do cinema feita por coelhos

Ahhh, a internet...

Navegar na web é uma das melhores coisas do mundo. Permite a qualquer pessoa enriquecer sua cultura, conhecer outros países, entrar em contato com as mais variadas formas de arte...

e também achar maravilhas da humanidade como o site do Angry Alien Productions!!!!


Eu sei que ao ler o título do post, todos vão pensar em algo bizarro, como lindos e fofos coelhos de verdade vestidos como Darth Vader ou Indiana Jones. Nada disso. O nível de sandice do Homem não chegou a tanto.........
Tudo bem, existem coisas como esta, mas eu ainda acredito na sociedade...

Enfim, o Angry Alien funciona da seguinte maneira: são animações em Flash protagonizadas por coelhos, provavelmente usuários de drogas pesadas e ilícitas, que parodiam filmes marcantes da história do cinema em apenas 30 segundos. Isso mesmo. Meio minuto para alguns comedores de cenoura saltitantes contarem a história de clássicos como Casablanca, Guerra nas Estrelas, O Iluminado, Tubarão, Os Caçadores da Arca Perdida e Pulp Fiction; passando ainda por mais recentes como Clube da Luta, Jogos Mortais, Homem-Aranha e até o sucesso adolescente Crepúsculo.

O resultado é sensacional!!! Graças ao curto tempo, vários fatores contribuem muito para o estilo cômico das reencenações: as cenas clássicas de cada longa que se intercalam de forma bem rápida, os diálogos velozes, com direito a trilha sonora, feita pelos próprios dubladores, e até imitação dos atores de carne e osso, o que deixa todas as vozes hilárias (o sotaque do coelho que "interpreta" James Stewart, em A Felicidade Não Se Compra, é impagável).

É claro que para não ficar com uma cara de what the fuck is that? o ideal é conhecer os filmes antes de assistir sua respectiva animação. Assim, as imagens aparentemente sem ligação fazem sentido e fica muito mais engraçado perceber como tudo não passa de uma homenagem bem sacada à Sétima Arte.

Não sei muito dos organizadores do site, apenas que a cartunista americana Jennifer Shiman, que também faz as vozes, é a criadora da ideia. Aliás, a animadora já ganhou alguns prêmios importantes com o projeto, como Melhor Série de Internet, no Ottawa International Animation Festival, e Melhor Curta Metragem, no Fantasia Film Festival de Montreal.

Apenas um aviso: o site é em inglês e os nomes dos filmes aparecerão na língua da terra do Tio Sam.

"I'm the king of the world": Leonardo Di Caprio na versão bunny em Titanic


Indiana Jones em busca da Arca da Aliança


Uma nova "roupagem" para Pulp Fiction

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Três Homens em Conflito - O maior western de todos os tempos?


"Quando for atirar, atire, não fale". Esta pérola do humor negro, proferida pelo personagem de Eli Wallach, define o lema do velho oeste americano. Aquele que não brinca em serviço tem mais chances de sobreviver nesta terra de ninguém. "Três Homens em Conflito" (Il buono, Il brutto, Il cattivo, 1966, Itália/Espanha/EUA) pega o mito do colonizador e o joga em um verdadeiro espetáculo sonoro e imagético de ação, violência, drama e comédia – é um clássico muito grande para ser definido como mero faroeste e entraria fácil na lista dos filmes "maiores que a vida", como bem define o crítico americano Roger Ebert. Aliás, aqui só não entra romance. Afinal, Clint Eastwood, Lee Van Cleef e o próprio Wallach são duros e rudes demais para se apaixonar...

O diretor Sergio Leone foi o maior ícone de um subgênero do western denominado spaghetti, cujo auge ocorreu nos anos 60 e 70. O nome tem explicação: normalmente, eram italianos que os rodavam, com o mínimo de orçamento, usando atores americanos iniciantes ou decadentes. As histórias, que apresentavam "mocinhos" solitários e mal encarados em busca de tesouros ou quantias perdidas em dólares, aliadas à violência estilizada, fizeram sucesso na Europa e, de forma tardia, nos EUA. Coube a Leone elevar os spaghetti, que eram mal vistos pelos puristas adoradores de faroestes, a um patamar artístico inigualável dentro do gênero.

"Três Homens em Conflito"
é o elo final da chamada "trilogia dos dólares", composta ainda por "Por um Punhado de Dólares" (1964) e "Por Uns Dólares a Mais" (1965), todos protagonizados por Clint Eastwood – vale lembrar que somente após estes filmes, interpretando o Homem Sem Nome, Clint se tornou um astro de Hollywood. Sergio Leone ainda faria outros westerns essenciais, como "Era Uma Vez no Oeste", que também é lembrado como um dos melhores do gênero, e "Quando Explode a Vingança", antes de falecer, aos 60 anos, em 1989.


Os créditos iniciais de "Três Homens em Conflito" seguem o mesmo esquema que se tornou marca registrada dos spaghetti: uma agitada animação com cavalos, canhões, rostos dos atores principais e nomes da equipe de produção. Porém, é o estilo lento e operístico de Leone que dita o ritmo das quase três horas de produção. Somos apresentados, sem pressa, aos três homens do título original em italiano. O Bom é o Homem Sem Nome, apelidado de Blondie, vivido por Clint Eastwood. Sisudo, de poucas palavras, possui uma mira perfeita e prefere andar sozinho pelos diferentes condados do Texas. O Mau é Sentenza, conhecido como Angel Eyes, interpretado por Lee Van Cleef, mercenário sem sentimentos que faz tudo a seu alcance para finalizar um trabalho iniciado. O Feio é Tuco Ramirez, papel de Eli Wallach, trambiqueiro procurado em mais de 12 cidades.

É interessante ver como estas alcunhas não correspondem totalmente à realidade. Leone brinca com o título do filme. Em seu velho oeste, não existe mais o maniqueísmo de herói e vilão. O caráter se molda com o desenrolar dos fatos. Blondie e Tuco aplicam golpes em uma parceria um tanto tumultuada: o primeiro entrega o segundo às autoridades e na hora em que este vai ser enforcado, atira na corda, ficando com a recompensa que é dividida entre os dois. Brigas mais tarde, Blondie abandona Tuco no deserto, que depois faz o mesmo com o companheiro. O estereótipo de cada personagem, que o espectador espera ser seguido por todo o filme, é desconstruído conforme o dinheiro entra em jogo. Angel Eyes é o que mais faz jus ao apelido, com seu serviço de assassino por encomenda. Finalmente, os destinos dos três homens se unem no momento da descoberta de 200 mil dólares enterrados em um cemitério. Cada um inicia sua busca pelo tesouro em plena Guerra Civil Americana, passando no centro do fogo cruzado entre Confederados e exército da União.

Os encontros e desencontros dos protagonistas são conduzidos de forma reflexiva, mas nunca lenta ou arrastada demais. Somos presenteados com longas tomadas panorâmicas e extensos closes, o que gera um perfeito contraponto entre o coletivo e o íntimo. Ao mesmo tempo em que a paisagem mítica do oeste é mostrada de forma encantadora, vemos os poros, as cicatrizes, a barba malfeita dos rostos duros queimados pelo sol, quando a câmera se aproxima dos atores. Outra marca de Sergio Leone são as diversas sequências em que temos ausência de diálogos. Imagens falam mais do que palavras, por isso o uso de frases curtas, mas impactantes, como as tiradas de humor, que são sempre as mais lembradas – um belo exemplo é a que abre este texto. "Três Homens" é um dos poucos filmes em que a imagem, o som e até o silêncio se casam de forma irretocável.


Trilha sonora, aliás, que merece destaque especial. A parceria entre Leone e o maestro/compositor italiano Ennio Morricone, um dos mais respeitados da história do cinema, chega ao ápice. A música de abertura, que emula sons de coiotes, aparece em todo o longa, com variações geniais de ritmo e instrumentos – não tem como negar o caráter cômico quando ela é apresentada de forma mais lenta. Porém, a grande peça do filme é "Ecstasy of Gold". Em apenas uma cena, o tema entra para angariar um respeitável posto na lista de momentos inesquecíveis da Sétima Arte. Quando Tuco encontra o cemitério no qual o dinheiro está escondido, a câmera e a música acompanham o crescente estado de euforia do personagem. Após tanto esforço, a chegada ao local ganha contornos épicos, graças à grandiosidade do trabalho de Morricone. Emocionante é pouco para definir a sequência.

Assim como tensão é a palavra errada para resumir o truelo final entre o Bom, o Mau e o Feio. Leone não é mestre apenas em mostrar a violência pura e simples: a "pré-violência", o que ocorre antes do revólver disparar, também é essencial. E o jogo de imagens antes de definir com quem ficará a fortuna mostra isso. Closes frenéticos nos olhos, rostos, coldres e mãos fazem o espectador grudar na poltrona. O tempo é alongado ao máximo e faz o suspense se tornar palpável - quase dá para sentir o suor frio dos personagens.

Em suma, "Três Homens em Conflito" é obrigatório para qualquer pessoa que tenha o mínimo interesse em cinema. É a prova de que diferentes gêneros podem coexistir em um mesmo filme, com um resultado final brilhante. Espetáculo completo, que transforma o western, gênero muitas vezes encarado como algo menor, em arte pura.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Daunbailó - Filmaço de Jim Jarmusch


Daunbailó (Down By Law, 1986, EUA/Alemanha) é um filme que conquista o espectador de forma arrebatadora. Espera-se algo bom, até pelo status cult adquirido pelo longa desde o seu lançamento. Mas o que o diretor Jim Jarmusch nos oferece é muito maior. De situações rotineiras, em que o tédio e a desilusão parecem consumir a todos, é retirada uma espécie de humor sutil, de bom gosto, a partir de personagens cativantes, verdadeiros anti-heróis de uma jornada quixotesca.

Revelar detalhes maiores da trama com certeza tiraria a graça de ser surpreendido a cada rumo tomado pelos protagonistas. Basta saber que temos três desajeitados cujas trajetórias se encontram na cadeia. Zack (o músico Tom Waits) acaba atrás das grades graças a um mal entendido. Jack (John Lurie) cai em uma armação da polícia e também é preso sem ter feito nada. Lá, ganham a companhia de um italiano chamado Roberto (Roberto Begnini), que se torna o elo entre os dois americanos birrentos e de saco cheio um do outro. Personalidades distintas que criam, na marra, uma amizade improvável.

A grande pérola da história é, sem dúvida, os três prisioneiros. Homens a margem da sociedade, que perambulam por aí sem fazer nada (ou fazendo o mínimo para sobreviver) se transformam em personagens muito bem construídos, cada um com sua característica própria. Zack e Jack, sempre brigando entre si e entediados com a vida, representam o contraponto do falante Roberto, que fala inglês aos trancos e usa um caderninho para lembrar algumas frases mais difíceis. Em outro ator, o papel provavelmente não ficaria tão rico. Para Roberto Begnini, cai como uma luva. Ele pega os clichês clássicos dos "carcamanos" (fala rápida e alta, gestos largos) e cria um homem ingênuo, mas sempre confiante, que acredita na amizade dos companheiros de cela como uma forma de encarar as dificuldades da vida. Aqui, o ator está melhor que na premiada interpretação de A Vida É Bela.


O roteiro escrito pelo próprio Jim Jarmusch costura muito bem as contradições dos trambiqueiros. A convivência entre eles, que vai desde tentativa de fuga até passeio de barco em um rio, sempre é pontuada por momentos de humor genuíno, nascido de situações naturais. As próprias atitudes dos personagens tornam tudo mais hilário e absurdo; não há aquela forçada de barra para uma cena se tornar engraçada, como em inúmeros filmes de "comédia" atuais, que pecam por esquecer a inteligência em casa. A certeza da qualidade cômica de Daunbailó pode ser conferida em várias cenas envolvendo Roberto (lembrem-se da frase I scream, you scream, we all scream for ice cream e vão saber do que falo...).

É claro que não se faz um filme apenas com uma boa história. A narrativa deve ter algo de diferente para criar o clima necessário. Jarmusch não apenas subverte o sentido de comédia, como aponta um caminho muito interessante. Ao invés de tudo ocorrer rápido, de verborragia burra, igual a todo filme de humor, ele prefere, em muitos momentos, deixar a câmera parada, como se a mesma fizesse parte do ambiente, com o único intuito de capturar as grandes atuações que ocorrem na frente dela. Parece até que tudo foi improvisado na hora da filmagem, tamanha a espontaneidade que o efeito gera. Combinado com o preto e branco de Robbie Müller, o mesmo da belíssima fotografia de Paris, Texas, do diretor alemão Wim Wenders, algumas imagens doem na alma de tão lindas. Os contrastes entre luz e sombra criam o tom de fábula e sonho da inusitada aventura.

Além dos aspectos técnicos, a trilha sonora também se destaca. Feita pelo próprio Tom Waits, abusa da variedade, como free jazz, blues, rock e até ritmos latinos, alternando entre o calmo e o nervoso. Os dois pontos altos são o tema de abertura, Jockey Full of Bourbon, uma espécie de mambo, e Tango 'Till They're Sore, que fecha os créditos finais, com muita ironia, de forma perfeita.


Com uma história deliciosa e personagens apaixonantes, Daunbailó é uma das melhores coisas que o cinema independente americano já fez. O nome em português (que ao imitar a pronuncia em inglês parece ser bobo, mas é muito original) confirma ainda mais o espírito leve e irreverente do longa. Se repararmos bem, a mensagem do filme é mostrar a união como única forma de superar as adversidades, independente a quem nos unimos. O sr. Jarmusch achou uma excelente forma de passa lição de moral com originalidade.